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sábado, 22 de dezembro de 2007

Pela voz e pela vida, a luta de Dom Luiz Cappio

O Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social vem a público manifestar apoio e solidariedade aos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem no semi-árido brasileiro e das populações ribeirinhas da Bacia hidrográfica do Rio São Francisco, atingidas pela deterioração que o rio vem sofrendo ao longo dos anos. Como uma voz que luta em defesa desta causa, manifestamos nosso apoio a Dom Luiz Flávio Cappio que, desde o dia 27 de novembro, iniciou um jejum cujo objetivo é impedir que as obras de transposição do Rio São Francisco continuem. Neste momento, é importante refletir sobre a forma como os meios de comunicação vêm conduzindo a cobertura do fato. Somente no dia 11 de dezembro, 14 dias após o início do jejum de dom Cappio, a imprensa nacional passou a dar maior espaço para a questão. Entretanto, as abordagens jornalísticas optaram por não trazer à tona estudos de ordem técnica, financeira e jurídica de especialistas contrários à transposição. As análises sobre o impacto da obra e a quem ela realmente vai beneficiar – empreiteiras, latifundiários do agro e do hidronegócio – não apareceram nas notícias, embora sejam falas recorrentes de lideranças sociais que há anos sofrem com os desmandos de políticos da região. Famílias beneficiadas com os programas de armazenamento de água, entre eles o Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC), que já atingiu cerca de um milhão de pessoas, também não puderam dar seu depoimento sobre a melhoria das condições de vida e da capacidade produtiva adquirida para a agricultura familiar. Ao contrário, reforça-se, na mídia, a imagem de miséria e inviabilidade do sertão, omitindo claramente uma série de iniciativas e técnicas de convivência com o semi-árido que têm transformado a realidade de milhões de pessoas, negligenciando as ações e debates dos movimentos sociais que atuam nessas regiões.O interesse de empreiteiras, latifundiários e setores empresariais na obra tem prevalecido como voz dominante no âmbito do governo federal e encontram em um outro latifúndio, o midiático, um canal de apoio. Enquanto isso, mais uma vez o interesse público está sendo negligenciado em favor de interesses privados.A luta pela terra, a luta pelo rio, a luta pela democracia, a luta pelo direito de falar e ser ouvido estão presentes no gesto de dom Cappio, símbolo da resistência de um povo forte que merece toda a nossa solidariedade e todo nosso apoio.Brasil, 18 de dezembro de 2007Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social

Mensagem de final de ano

"...Mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou..." Guimarães Rosa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

EMBAIXADA DE CUBA DIRIGE CARTA A REDE GLOBO

Embaixada de Cuba protesta contra reportagem exibida no Fantástico
Em carta dirigida nesta segunda-feira (17) a Luiz Nascimento, diretor do programa de televisão Fantástico, da Rede Globo, pela seção de imprensa da embaixada de Cuba no Brasil, os cubanos protestam de forma enérgica contra a maneira "desrespeitosa" e "difamatória" com que o país foi tratado em uma "reportagem" difundida no domingo pelo programa, a respeito do pedido de "asilo político" feito por artistas cubanos que estavam em visita ao Brasil.
No programa Fantástico, exibido pela Rede Globo no último domingo (16), foi exibida uma reportagem sobre os três músicos cubanos que teriam pedido "asilo político" ao Brasil, após se apresentarem em Recife em exibições programadas pelo Instituto Cubano de Amizade entre os Povos.
Segundo a embaixada, os "três músicos cubanos que decidiram residir no Brasil" resolveram pedir "asilo político, prática que alguns apátridas recorrem com o objetivo de obter a residência no estrangeiro" .
Isso, para a embaixada, não cabe aos músicos, "pois ditos cidadãos em nenhum momento foram vítima de perseguição política alguma, e sua viagem ao Brasil, ao Estado de Pernambuco, se realizou por meio do Instituto Cubano de Amizade com os Povos".
"Chama a atenção a forma visceralmente irrespeituosa, difamatória, parcializada e grosseiramente manipulada que o programa Fantástico fez alusão da realidade cubana, somando-se desta forma à campanha midiática anticubana dirigida pelo governo americano, com a finalidade de causar danos à imagem de Cuba e semear um matiz de opinião negativo da Revolução cubana", prossegue a carta.
A embaixada demonstra ainda como o programa da emissora brasileira, de forma servil, somou-se à "política de agressão midiática da atual administração americana e da máfia cubana-americana de Miami contra o povo cubano".
Questiona também os motivos que fizeram o programa a omitir o criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro americano, imposto pelo governo dos EUA há quase meio século e que a embaixada, na carta, recorda ao diretor do Fantástico.
"Segundo cálculos conservadores, o bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba provocou perdas de mais de US$ 89 bilhões. Isso significa, em valores atualizados da moeda americana, não menos que US$ 222 bilhões. Qualquer um pode compreender o nível de desenvolvimento econômico e social que Cuba teria alcançado se não houvesse sido submetida a esta guerra econômica implacável e obcessiva", ensina a embaixada na carta ao diretor.
Relembra ainda como explicou o então presidente americano, Dwight Eisenhower, a essência do bloqueio, em uma reunião governamental liderada pelo administrador dos EUA em 1960: "... não existe uma oposição política em Cuba; portanto, o único meio previsível que temos hoje para alienar o apoio interno à Revolução, é por meio do desencanto e desalento, baseados na insatisfação e dificuldades econômicas. Deve utilizar-se prontamente qualquer meio concebível para debilitar a vida econômica de Cuba. Negar-lhe dinheiro e financiamentos a Cuba, para diminuir os salários reais e monetários, a fim de causar fome, desespero e o derrubamento do governo".
Após demonstrar de forma contundente a realidade trágica que o bloqueio impõe aos cubanos, com a proibição de importação de medicamentos e alimentos, de comércio com empresas que tenham capital americano e da proibição que os americanos têm de visitar o país, a sessão de imprensa da embaixada compara os papéis que Cuba e EUA tiveram ao longo do século 20.
"O Fantástico omitiu que, quando foi necessário, sangue cubano também foi derramado na África. Dali, Cuba só trouxe os restos de seus combatentes. Cuba não foi em busca de ouro, diamantes ou petróleo. Os cubanos foram lutar pela liberdade, contra o colonialismo e contra o apartheid. Mais de 350 mil combatentes voluntários cubanos, homens e mulheres, foram derrotar as tropas do apartheid, tornando possível a desaparição, em pleno século 20, de uma forma brutal de discriminação e exclusão dos homens pela cor de sua pele, onde cairam mais de 2 mil filhos do povo cubano combatendo ali e fizeram possível a preservação da integridade territorial de Angola, o surgimento da Namíbia como um país independente, a libertação de Nelson Mandela e a desmontagem do cruel sistema do apartheid, que era mantido pelo apoio vergonhoso de muitos dos quais hoje tratam de omitir esse passado, em que foram cúmplices do regime do apartheid, ao que ajudaram a armar, ao qual ajudaram a violar as resoluções das Nações Unidas, em primeiro lugar, o governo dos Estados Unidos".
Finalmente, a Seção de Imprensa da Embaixada de Cuba no Brasil deseja expressar de forma clara, contundente e firme, que nem as manipulações que o governo dos Estados Unidos montaram, com a participação às vezes de alguns poucos mercenários, aos quais pagam e dirigem contra Cuba, nem as ameaças, nem seu dinheiro abundante para pagar traições e deslealdades, nem suas campanhas midiáticas, nem suas pressões e agressões farão desistir ao povo cubano de seu rumo de defesa de sua liberdade e justiça social para seu povo e para outros povos do terceiro mundo".
"Cuba, Sr. Luiz Nascimento, não se renderá. Luta e lutará com a convicção de defender hoje os direitos alcançados pelo povo cubano a partir da revolução cubana de 1.º de janeiro de 1959, que em breve completará 50 anos, e não renunciará tampouco a defender também os direitos de todos os povos do terceiro mundo", finaliza a carta que a embaixada cubana endereçou à Rede Globo.
http://www.pt. org.br/portalpt/ index.php

domingo, 16 de dezembro de 2007

Macacas de Auditório

(por Poliana Bicalho)

Terei que ser pouco criativa no título deste texto, pois só ele é capaz de decodificar o que é participar dos programas de auditório da TV Globo e afins.
Se para se tornar jornalista é necessário que o individuo seja critico a quem duvide, desta premissa ao ver futuros jornalistas fazendo caras e bocas na telinha só para ter uma chancezinhas maior que o colega do lado para ter 1s de fama.
Tv é uma fábrica de sonhos e ilusões, que se aproveita das vaidades humanas para dar um tom de emoção e alegria na sua programação. Se você ainda acha que o programa do Jô e Altas Horas são gravados ao vivo, desculpe desapontá-los (também fiquei arrasada) é pura edição e até a risada de Bira meus caros amigos têm script, sendo uma estratégia de roubar o foco quando a entrevista está péssima. Recursos ......
Quem ver os gritos histéricos e aplausos constantes, não é capaz de adivinhar que as macacas de auditório estão cansadas e famintas que chegaram a Globo às 12:30 e saíram às 20h. Não podemos deixar de lembrar que éramos orquestrados o tempo todo, mas que no final de tudo saímos felizes, pois recebíamos um lanchinho da TV e que agora tínhamos algo pra fazer inveja aos conterrâneos.