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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Filme: UM SONHO POSSÍVEL (The Blind Side)

Hoje assistir o filme Um Sonho Possível, direção de John Lee Hancock e aconteceu um fato interessante que já há algum tempo que não acontece comigo: ele não sai da minha cabeça. Me peguei fazendo atividades corriqueiras pensando nele e sendo tomada por um amontoado de significações. E declaro: é muito bom quando o objeto artístico vai além e suscita emoções tão intimas, nos deixando numa zona de instabilidade.

Para aqueles que não conhecem a história, trago uma pequena sinopse:
O adolescente Michael Other não possui uma estrutura familiar e por intermédio de um conhecido é matriculado em uma escola cristã de `brancos e ricos`. E como obra do acaso ele é visto por Leigh Anne mãe de dois alunos da escola que o vê andando sem um rumo numa noite de inverno. Assim, ela leva o garoto para a sua casa e passa a estabelecer laços afetivos. Contudo, aquele núcleo familiar que o acolheu é bem diferente das suas origens e ele precisou de determinação e apoio da nova família para conseguir entrar em uma universidade e ser um importante atleta americano. Apenas no final, descobri que se trata de um filme baseado em uma história real.

Dentre as inúmeras coisas que eu poderia pontuar sobre esta obra cinematográfica resumo em acreditar no outro: respeitar, partilhar, permitir ser invadido pela beleza que existe no outro. Parafaseando o filme: é até mesmo acreditar que bons ventos soprarão e que não importa como é dificíl a sua vida, às vezes é preciso fechar os olhos para as coisas ruins e esperar passar tudo para só depois abrir os olhos.

Penso em mim, nas minhas escolhas e em pessoas queridas que me afastei por ter me decepcionado com elas, sem assumir que o erro é um traço essencialmente humano. Penso também, de como é falso pensar que esconder-se do outro é uma maneira segura de viver.

Acredito em destino, mas também em livre arbítrio e a história deste sujeito é tocante, pois apesar de viver em um meio de miséria ele soube ressignificar tudo isso: e sua vida abriu para novas possibilidades.

Se somos escritores de nossa própria história, peço coragem aos deuses para escrever a minha e contribuir com a história daqueles que me rodeiam. E que em cada ato junto ao outro seja de generosidade e não de medo e de desconfiança.


A seguir, trailer do filme:

Horreur à la bresilienne